As Forças Armadas sempre afirmaram que os arquivos da Guerrilha do Araguaia, comandada pelo Partido Comunista do Brasil - PC do B, nos anos 70, não existem e que, se existiram algum dia, foram destruídos. Não é verdade. A partir de documentos secretos recolhidos pela pesquisadora Taís Morais, ao longo de sete anos, junto a militares - que os guardaram por cerca de 30 anos - ela e o jornalista Eumano Silva escreveram o livro Operação Araguaia - Os arquivos secretos da guerrilha . O livro traz as principais revelações - estratégias de operações planejadas pelas Forças Armadas, os nomes de seus comandantes, relatórios sobre os resultados, relação de mortos e feridos dos militares, depoimentos de guerrilheiros presos, a confirmação de que foi usado o desfolhante napalm na floresta amazônica (o mesmo usado pelos americanos no Vietnã), revelações sobre traições feitas por militantes do PC do B, e documentos deste partido revelando conflitos internos sobre a continuidade da guerrilha e a insistência de seus comandantes para não interromperem a luta armada contra a ditadura, mesmo com praticamente todos os guerrilheiros mortos. Operação Araguaia revela segredos guardados por mais de três décadas - nomes de militares mortos e feridos na guerra, fotografias inéditas feitas por militares que combateram na região e 14 depoimentos de camponeses e guerrilheiros (dois deles do atual presidente do PT e ex-militante do PC do B, José Genoino Neto).
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