Mais de 400 ilustrações de Gustave Doré
Introdução, tradução do original, notas e resumo por Margarida Periquito
A Cavalo de Ferro orgulha-se de apresentar ao leitor português a primeira tradução integral de ‘Orlando Furioso’ de Ludovico Ariosto, suprindo uma lacuna editorial no nosso país de mais de 500 anos. Com a presente publicação torna-se finalmente acessível em português uma das mais importantes obras da literatura universal, enriquecendo o nosso panorama literário e cultural.
Escrito ao longo de mais de trinta anos por Ludovico Ariosto e publicado na sua versão final em 1532 (com 46 cantos e cerca de 40.000 versos rimados), o ‘Orlando Furioso’ é um dos maiores monumentos da literatura europeia e mundial, apenas comparável em termos de relevância cultural a outras obras-primas da literatura como ‘A Divina Comédia’ (Dante Alighieri), ‘Jerusalém Libertada’ (Torquato Tasso), ou aos nossos ‘Lusíadas’, do qual, aliás, foi influência maior.
Misto de romance de cavalaria que engloba o imaginário popular e mitológico, numa fina ironia, o ‘Orlando Furioso’ é um longo poema épico que, tal como a Odisseia ou a Ilíada, pode facilmente ser lido como um grande romance de aventuras. Foi, aliás, leitura de entretenimento ao longo dos séculos em todas as cortes europeias, influenciando gerações de escritores como o inglês Spencer ou o espanhol Cervantes, estando ainda presente em obras tão distantes no tempo e diferentes no estilo como as de Camões e de Cyrano de Bergerac.
O tema principal do livro é de como o valoroso cavaleiro Orlando, de paladino de Carlos Magno e enamorado da bela Angélica, por ciúme, se torna em louco furioso, e de como sem o seu mais importante cavaleiro o exército cristão fica em dificuldades na guerra santa que trava; isto até o cavaleiro Astolfo encontrar na Lua o recipiente que contém o juízo de Orlando restituindo-o ao seu legítimo proprietário, mesmo a tempo deste ajudar os cristãos na luta que travam contra mouros nos muros de Paris.
Pelo meio desfilam cavaleiros, cavalos alados, princesas, feiticeiros, e são descritas um sem número de batalhas, duelos, fugas, perseguições e cenas de amor; tudo isto num ritmo alucinante que a rima dos versos de Ariosto torna numa quase prosa musical.
A tradução do século, numa edição a não perder!