“Com certeza existem pessoas que, impensada e levianamente, falam da loucura como coisa de per si atraente, mas basta pensarmos um momento para chegarmos à conclusão de que, se a doença tem algum encanto, é porque geralmente se trata da doença alheia. Um cego pode ser uma coisa pitoresca, mas são precisos dois olhos para vê-la. Da mesma forma, a mais atroz poesia da loucura só poderá ser desfrutada por aqueles que estão em pleno gozo das suas faculdades mentais.
Para um doido, a sua loucura é coisa absolutamente prosaica, pela simples razão de que é absolutamente verdadeira. Um homem que se julga um frango é, aos próprios olhos, tão comum como um frango, da mesma forma que um homem que está convencido de que é um pedaço de vidro. É a homogeneidade da sua mente que o torna estúpido e faz dele um louco." (...)
Religião e Espiritualidade / Filosofia