Trata das idéias e vivências da loucura presentes na cidade do Rio de Janeiro entre 1830 e 1930, período em que foi apropriada e transformada pelos alienistas em doença mental. Por meio da narrativa das várias tramas de personagens famosos por sua vesânia e aprisionados nas malhas da doença mental, a autora delineia um panorama histórico da loucura, passando pela análise das condições de enclausuramento às quais grande parte dos indivíduos suspeitos e/ou diagnosticados como doentes mentais ficariam sujeitos a partir da criação do Hospício de Pedro II. Fundamental para leigos e acadêmicos, assinala o momento em que os médicos brasileiros começariam a reivindicar para si a responsabilidade sobre a loucura, defendendo a necessidade da construção de hospícios onde os alienados mentais pudessem ser recolhidos e tratados convenientemente.
Medicina e Saúde