Os Dez dias que abalaram o mundo é não só um testemunho vivo, narrado no calor dos acontecimentos em Petrogrado - contando detalhes sobre a revolução que derrubou o regime czarista e instaurou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) - como também é a obra que inaugura a grande reportagem no jornalismo moderno.
John Reed nasceu no Oregon, nos Estados Unidos, em 1887 e morreu em Moscou em 1920. Deslocado para a Europa em 1914 pela Metropolitan Magazine para a cobertura da Primeira Grande Guerra, recém-iniciada, Reed e sua esposa, Louise Bryant (1885-1936), percorreram os Bálcãs e chegaram em Moscou no auge do movimento revolucionário. Egresso da Universidade de Harvard, Reed sempre foi sensível às causas sociais e apaixonado pelo jornalismo. Ficou conhecido por acompanhar a revolução mexicana de Emiliano Zapata e Pancho Villa em 1914, cujo relato resultou no também célebre livro México rebelde.
Em Moscou, aproximou-se de Lênin e outros líderes comunistas, identificando-se integralmente com os ideais comunistas da Revolução. Morreu em Moscou ao contrair tifo e recebeu da Revolução – que acompanhou e ajudou a divulgar no mundo inteiro – a maior homenagem: foi o único ocidental a ser enterrado nas muralhas do Kremlin, próximo do mausoléu de Lênin, ao lado de Stalin, Gagarin e outros heróis da então União Soviética.
Em 1981, o ator Warren Beatty dirigiu e estrelou o filme Reds, que conta a vida aventureira do grande escritor. Trabalharam no filme também Diane Keaton, Jack Nicholson e Gene Hackmann.
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