De todas as mulheres que aparecem nas páginas da Bíblia, poucas suscitaram tanto interesse como Maria de Magdala, geralmente chamada Maria Madalena. Que Maria amava
profundamente Jesus é absolutamente evidente, visto que Lucas nos diz, logo de princípio, que ela se encontrava entre as mulheres que O serviam, a Ele e aos Doze.
O que parece igualmente evidente é que o próprio Mestre sentia um afecto especial por aquela mulher, da qual Ele tinha "expulsado sete demónios", pois que a escolheu,
entre todos os seus seguidores, como a primeira testemunha da sua ressurreição dos mortos.
Quando, nos últimos capítulos de Estrada para Bithania, apresentei, acidentalmente, Maria de Magdala, como personagem de somenos importância, sucedeu-me uma coisa
estranha. Foi como se aquela magnífica cristã dos tempos de Jesus me aparecesse em carne e osso, a exigir que contasse a sua história. Esta é a história. Esta é
a história de Maria de Magdala e os seus companheiros galileus, que abandonaram as suas casas, o seu trabalho, a segurança e os amigos para seguirem um Homem que
ensinava algo de novo e maravilhoso, que cada indivíduo é importante à face de Deus, seja ele preto, branco ou vermelho, rico ou pobre, ladrão ou santo. É também
a história de como esses galileus, com excepção de Maria, que parece ter sabido desde o início quem Jesus realmente era, vieram a reconhecer n'Ele o Cristo.
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