A QUESTÃO CONTROVERSA DOS MILAGRES DE LOURDES ANALISADA DO PONTO DE VISTA HISTÓRICO Lourdes é uma capital da oração , um dos santuários religiosos mais freqüentados do mundo (mais de cinco milhões de peregrinos e visitantes por ano). Mas é também uma terra de milagres para a qual convergem, todos os anos, dezenas de milhares de doentes. Em fevereiro de 1999, a Igreja reconheceu o caráter miraculoso da cura de Jean-Pierre Bély, que sofria de esclerose múltipla. É o 66o milagre oficial. A Igreja não reconhecia facilmente o caráter sobrenatural das curas ocorridas em Lourdes ou ligadas a Lourdes. A Comissão Médica e o Comitê Médico Internacional de Lourdes, compostos apenas de médicos, totalmente independentes da Igreja, determinam a realidade das curas e seu caráter excepcional, não explicável pela ciência. Depois é que a Igreja se pronuncia ou não, sobre seu caráter miraculoso. De cerca de 6000 pessoas que, a partir de 1858, se afirmaram curadas à Comissão Médica, esta declarou 2000 curas inexplicáveis pela ciência. Ora, a Igreja, até agora, só considerou miraculosas sessenta e seis dentre elas. Como procede a medicina para verificar o caráter autêntico de uma cura? Que investigação faz a Igreja, para proclamar que se trata de milagre? Quem são os 66 miraculados ? Há curas excepcionais em outros santuários marianos? Yves Chiron responde a todas essas perguntas, numa investigação histórica fundada sobre vasta documentação e arquivos, traduzida por Nadyr de Salles Penteado.
Religião e Espiritualidade