Com conhecimento de causa e total desenvoltura, o jornalista Jamari França narra a saga paralâmica desde o encontro entre Herbert Vianna e Bi Ribeiro, na década de 1970, até a volta do grupo aos palcos de todo o país, após o trágico acidente com seu vocalista. Entre um momento e outro, os garotos que dedilhavam uma guitarra e um baixo na casa da vovó Ondina uniram-se àquele que se tornaria um dos maiores bateristas brasileiros e se consagraram no cenário da música latino-americana, conquistando diversas gerações de fãs. A história da banda formada por Herbert, Bi e João Barone - que nos primórdios substitui o famoso Vital, de "Vital e Sua Moto" - se confunde com a própria história do rock nacional em suas diferentes perspectivas: na esfera pessoal, no âmbito sócio-político, nas referências e inovações estéticas. Os Paralamas do Sucesso: vamo batê lata não deixa nada de fora: das molecagens dos roqueiros às suas escolhas profissionais na formação do sólido repertório, da gravação de Cinema Mudo (o primeiro LP) ao lançamento de Longo Caminho (o CD mais recente), desilusões amorosas, relação com a imprensa, diálogo com outros músicos, influência do reggae e dos ritmos africanos, turnês internacionais, principais inflexões, como a apresentação no Rock in Rio em 1985, a participação no Festival de Jazz de Montreux (1987), a conquista da Argentina e a censura à canção "Luís Inácio (300 Picaretas)" - abordagens variadas se costuram numa narrativa com sabor de crônica.