Elisa, uma jovem ginecologista, tocada pelos ideais feministas da década de 20, acreditava viver o casamento perfeito. Sua vida idealizada é destruída ao ser estuprada em casa, pelo marido. Depois da fatídica noite, Elisa desenvolve um sentimento de aversão extrema ao toque masculino e uma curiosa doença de pele, em que ela mesma causa suas feridas, na tentativa de se sentir limpa.
Encontrando forças em seu sentimento de raiva e em uma agressividade mal direcionada, consegue finalmente escapar de seu casamento. Em plena guerra, ela deixa a sua casa para trabalhar em um hospital de campanha como voluntária. Durante sua estadia lá, enfrenta mais situações de machismo, mas também conhece mulheres inspiradoras.
Durante as noites em que passa em seu dormitório, Elisa enfrenta seus fantasmas, assolada por uma insônia incurável. Nas dezenas de madrugadas em claro, imersa em seus sonhos e em seu subconsciente, ela visualiza o mesmo par de olhos, noite após noite e sente uma atração incontrolável àquela presença.
Nessa trajetória marcada pela dor do abuso, ela encontra um caminho para o autoconhecimento que a permite reconhecer o seu corpo como seu novamente.