Pachinko

Pachinko Min Jin Lee


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Pachinko (Intrínsecos #25)





No início dos anos 1900, a adolescente Sunja, filha adorada de um pescador aleijado, apaixona-se perdidamente por um forasteiro rico que frequenta a costa perto de sua casa, na Coreia. O gàngster cuja fala emula um sotaque japonês e cujas roupas se distinguem das de todos na região promete a ela o mundo. Então Sunja engravida e descobre que ele já é casado. A jovem se recusa a ser comprada como amante, e sua vergonha e desonra em dar à luz um criança fora do casamento se amainam no último minuto, com o pedido de casamento de um pastor religioso que está de passagem pelo vilarejo, rumo ao Japão. A decisão de abandonar o lar e rejeitar o homem poderoso de quem engravidou dá início a uma saga dramática que se desdobrará ao longo de gerações por quase cem anos, acompanhando os destinos daquela criança ilegítima gerada na Coreia e de seu futuro irmão, filho do pastor.


No romance movido pelas batalhas enfrentadas pelos imigrantes, os salões de pachinko - o jogo de caça-níqueis onipresente em todo o Japão - são o ponto de convergência das preocupações centrais da história: identidade, pátria e pertencimento. Para a população coreana no Japão, discriminada e excluída - como Sunja e seus descendentes -, os salões são o principall meio de trabalho e a chance de tentar ascender financeiramente. Como no jogo, em que bilhas metálicas ricocheteiam aleatoriamente entre pinos e alavancas, a escritora Min Jin Lee lança seus personagens de encontro aos acontecimentos, à paixão e ao sofrimento, em uma narrativa que várias vezes muda de direção, e mesmo assim, ressoa intimamente em quem lê. Porque o que encontramos em Pachinko é, a bem da verdade, um panorama da vida como a vivemos, caótica e imprevisível.


Na trilha dos grandes romances que conhecemos, a saga escrita por Lee resiste a qualquer tentativa de resumo, porque a história em si é um personagem. A cada vez que a narrativa mergulha no que poderíamos chamar de sua espinha dorsal - a colonização japonesa na Coreia, a vivência da Segunda Guerra naquela porção da Ásia, o cristianismo, as relações familiares, o papel da mulher ao longo das décadas - o livro se torna algo ainda maior. Das movimentadas ruas dos mercados aos corredores das mais prestigiadas universidades do Japão, passando pelos salões de apostas do submundo do crime, os personagens complexos e passionais - mulheres fortes e obstinadas, irmãs e filhos devotados, pais abalados por crises morais - sobrevivem e tentam prosperar, indiferentes ao grande arco da história.



Ficção / Literatura Estrangeira

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Resenhas para Pachinko (2.604)

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Simplesmente arrebatador
on 8/10/20


Não sei nem como explicar a experiência de ler esse livro. Uma história rica, bela, intrigante, esclarecedora, impactante e outras coisas tão positivas. Da vontade até de ler de novo e também é uma excelente oportunidade para entender toda a situação dos coreanos no Japão que eu não fazia ideia que era tão intensa e complicada.... leia mais

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Srta. Oliver
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29/09/2020 12:52:00
vivi
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04/11/2020 10:26:04
vivi
aprovou em:
04/11/2020 10:26:27

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