O astro do cinema, indicado ao Oscar por sua atuação em Juno, finalmente conta a própria história.
Elliot Page cresceu sob os holofotes. Seu talento e seu carisma sempre chamaram atenção, mas não apenas isso: sua vida pessoal também era muito comentada na imprensa e nos sites de fofoca. Com o enorme sucesso de Juno, em 2007, Elliot tornou-se um dos atores mais amados do mundo. À medida que seus anseios profissionais se tornavam realidade, porém, a pressão para atender as expectativas da indústria o consumia. Enquanto ainda vivia um turbilhão de sentimentos e tentava compreender a si mesmo, viu-se forçado a interpretar um papel de jovem estrela glamourosa na própria vida, algo que o assombrava para além dos sets. A carreira — que até então tinha sido uma válvula de escape, transportando-o da infância complicada para um mundo imaginário — de repente se transformou num pesadelo.
Em meio às críticas recebidas e aos abusos praticados por algumas das pessoas mais poderosas da indústria do cinema, ao passado que o perseguia e a uma sociedade determinada a enquadrá-lo na binariedade, Elliot calava-se, sem saber o que fazer. Até que se cansou. E, aos poucos, começou a se aproximar de seus desejos, de seus sonhos e de si mesmo, sem a repressão que o sufocou por tanto tempo.
Repleto de detalhes de bastidores do cinema e de questionamentos íntimos sobre sexo, amor, traumas e Hollywood, Pageboy é a história de uma vida que chegou ao limite. Em essência, uma narrativa emocionante sobre a trajetória sinuosa de uma pessoa queer e trans que lutou para se desvencilhar das expectativas dos outros. Contada de forma visceral, em que o leitor quase ouve a voz de Elliot, é uma celebração ao ato de assumir quem realmente somos com rebeldia, força e alegria.
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