Com tradução direta do russo feita por Rubens Figueiredo e posfácio de Henry James, nova edição do clássico da literatura russa chega ao Brasil.
Quando o jovem estudante Arkádi Nikolaitch retorna para casa, está acompanhado de um amigo e mentor, que causa imenso desgosto ao seu pai e seu tio. O companheiro, Bazárov, despreza qualquer autoridade, é antissocial e se proclama niilista. O conflito geracional que se segue é ímpar na literatura.
Publicado em 1862, Pais e filhos continua a refletir o confronto entre gerações e as expectativas de um tempo anterior que se choca com as atitudes e os ideais dos momentos seguintes, esquecendo-se da potência transformadora da juventude.
Com tradução direta do russo para o português, este clássico protagonizou uma das maiores polêmicas da literatura russa: Ivan Turguêniev foi acusado de ser responsável por atos criminosos cometidos por radicais influenciados por sua obra.
De acordo com Rubens Figueiredo, tradutor do romance, ''é mais do que provável que o leitor atual chegue ao fim de Pais e filhos sem um julgamento conclusivo não só a respeito de Bazárov como também dos demais personagens. Mas sem dúvida terá gravadas no pensamento figuras humanas sem nada de vago ou de nebuloso''.
Aqui, Turguêniev faz um sutil elogio à incerteza e não esquiva o leitor de se posicionar, simultaneamente, como pai e filho diante dos problemas de nossa época.
Ficção / Literatura Estrangeira