Meses após o afastamento definitivo de Fernando Collor de Mello da presidência do Brasil, no fim de 1992, o irmão caçula dele, o empresário Pedro Collor de Mello, auxiliado pela jornalista Dora Kramer, escreveu sua autobiografia. No livro, revela a infância e adolescência da família Collor de Mello, com seus problemas e percalços.
Pedro, estopim para o abismo do irmão por meio da entrevista concedida à revista Veja em maio de 1992, descortina as travessuras de Fernando, como, por exemplo, o vício nas drogas, as arruaças, brigas e confusões. Pedro denomina o político como "Fernandinho do pó" nos tempos idos de Alagoas. Sugere que Fernando e a então esposa dele, Rosane, usaram a magia negra contra adversários políticos, entre outras artimanhas .
O empresário, que morreria em dezembro de 1994 com quatro grandes tumores no cérebro, aos 42 anos, disse estar em plenas condições mentais ao narrar a história do livro. Ao comentar a obra do irmão, em entrevista ao programa SBT Repórter de agosto de 1995, Fernando o chamou de "desequilibrado".