Narra as grandes transformações da adolescência - no caso de Marjane, muito mais radicais, pois ela as viveu sozinha, num país ocidental, obrigada a refazer todas as suas relações afetivas. Vista como uma estranha na escola, Marjane acaba ficando amiga de outras pessoas "fora do lugar" como ela: Momo, o punk da turma; Julie, que aos dezesseis anos já tinha transado com dezoito rapazes; dois órfãos; os oito homossexuais que moravam com ela numa república. Entre a negação de suas origens e a auto-afirmação, ela tem sua primeira grande relação amorosa, fuma maconha até quase virar um legume, começa a trabalhar, aprende a lidar com as saudades e com seu próprio corpo, entre muitas outras experiências. Para se integrar, como dizia sua avó, era preciso manter a própria integridade: essa é a questão que atravessa Persépolis 3.