“Os textos que compõem o presente volume foram, antes de mais nada, a minha madeleine: ao saboreá-los, me vi lançado em uma proustiana volta aos tempos adoráveis em que, dia após dia, por quinze anos, entrei na velha sala do PET-Letras, no segundo andar do Bloco A do Centro de Comunicação e Expressão, do qual agora, graças aos ziguezagues do destino, sou o diretor. Mas a vitalidade da escrita dos atuais bolsistas me trouxe também uma outra espécie de alegria, que tem muito mais a ver com o futuro do que com a nostalgia. É uma forma muito particular de felicidade, da qual só quem é pai, mãe ou professor pode desfrutar: a de constatar que levou a sua tarefa até o ponto de se tornar dispensável – ou, na linguagem de Zaratustra, a de lograr se transformar em um mestre sem discípulos.”
Contos / Poemas, poesias