Fernando Pessoa, nascido em Lisboa no dia 13 de junho de 1888, falecido em 1935.
A última frase de Fernando Pessoa escrita no dia de sua morte: "Eu não sei o que o amanhã trará".
O amanhã trouxe para Fernando Pessoa uma admiração crescente. Suas obras foram aos poucos sendo editadas e ele é hoje considerado, ao lado de Camões, um dos maiores poetas portugueses de todos os tempos. Nenhum poeta, em língua portuguesa, obteve tanto prestígio em todo o mundo.
Morreu quase completamente ignorado pelo grande público, pouco compreendido na época pelo leitor comum por ter renunciado a proposta naturalista-amorosa que orientava a poética de então.
Seu pensamento profundamente imbuído da simbologia e dos conceitos fundamentais do Ocultismo encontra na poesia um meio de expressão a tal ponto fiel que mesmo naqueles dos seus poemas em que outra inspiração o move o Poeta usa de uma linguagem oclusa, ora intencionalmente nua de adornos, ora entrecortada de profundidades abissais.
Vencendo a tendência lírica que domina a poesia nacional, a canção eterna do amor e da ternura, demasiado comunicativa e sensual para o seu espírito fechado e ultra-intelectualista. Pessoa traz, como se disse, a Literatura Portuguesa a voz profunda do Oculto.
É essa voz, através de suas manifestações mais expressivas, que aqui se procura condensar, de modo a dar aos adeptos deste gênero de poesia oportunidade de encontrar reunidos, poemas que através da dispersão de sua obra poética perdem muito do seu significado.