Este quadrinho não é exatamente o Popeye que você conhece. Ele ainda é aquele falastrão caolho que exibe o bíceps depois de comer espinafre em lata. Engraçado em sua maneira de falar, suas frases prontas, engolindo as palavras. Ainda é aquele cara corajoso e um homem bom.
Mas nesta graphic novel há outras camadas. Uma melancolia e uma beleza que só o afiado e sensível roteiro do francês Ozanam, com a exuberante arte aquarelada de Lelis, poderia expressar.
Diferente de suas primeiras histórias, e dos famosos desenhos animados, o Popeye desta HQ é um herói improvável que poderia ser encontrado em qualquer porto pelo mundo.
Na história, uma garota estranha com linguagem floreada chega para acertar em cheio seu olho saudável. Ele é muito velho para ela. Mas Olivia é garota dele, sem dúvida. Como todo homem apaixonado, a razão some e Popeye concorda em partir numa aventura com o irmão de Olívia... em busca de um fabuloso tesouro.
Essa é uma releitura da origem do personagem, que tinha surgido como apenas um passageiro coadjuvante na tira Thimble Theatre.
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