Immattie 10/11/2022
Precisamos falar dessa belezura.
Durante os sombrios dias de pandemia, enquanto eu navegava atrás de um mangá de qualidade, eu encontrei Cherry Magic.
Primeiramente, eu achei o título bem estranho, mas eu resolvi dar uma chance e foi a melhor escolha que fiz. Além de ser um dos meus mangás preferidos, é meu BL preferido! Assisti a série no mesmo dia, totalmente encantado, apaixonado pelo maravilhoso e brilhante Kurosawa. Me apaixonei também pelo fofo Adachi, à quem eu me identifiquei.
A obra gira em torno de uma lenda japonesa que diz que se um homem chega aos trinta anos sendo virgem, ele se transforma em um mago e começa a ler mentes. Quando Adachi completa seus 30 anos, a lenda se torna real e a sua vida calma e desanimada se transforma completamente.
Pensa só: você, uma pessoa totalmente descrente em relação ao amor, sem esperança alguma e já aceitando o fato de que vai morrer sozinho descobre que lê mentes e, por descuido, descobre que o homem mais batalhado e esforçado da empresa é apaixonado por você. Sim, você mesmo, com todo o seu pessimismo e descrença. Como alguém brilhante igual à ele poderia gostar de mim? Logo eu?
Esse mangá mostra a importância do amor próprio e como você se subestima. Ele te faz perceber, através da figura ilustre do Kurosawa (que, convenhamos, é lindo tanto no mangá quanto na série) que você pode ser amado sim, que você talvez já seja amado e que aquela pessoa que colocas num pedestal e acha inalcançável pode sim se apaixonar por ti.
O amor não tem face, não tem status, não tem dinheiro e é simples. O amor é lindo, brilhante, e chega para todos.
Kurosawa mostra que todos vão ser amados e que o amor pode ser fácil, sem enrolação e que o diálogo é essencial.
Yuu Toyota escreveu o amor em sua forma crua.
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