The Times I Knew I Was Gay

The Times I Knew I Was Gay



Resenhas - The Times I Knew I Was Gay


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Carol @solemgemeos15 27/07/2022

É a perspectiva de como a escritora/ilustradora veio a aceitar sua sexualidade. As ilustrações são bem simples e há mais texto do que eu esperava (tendo em vista que é uma graphic novel); mas sua história toca em pontos sensíveis sem expandir demais, tais como seu hábito de sair com homens, mesmo quando não tem verdadeiro interesse neles, a quantidade de vezes em que ela “saiu do armário” só para “voltar ao armário”.
Creio que sua jornada não é o que se espera de algo “ideal” – ela é verdadeira e repleta de contradições que só a humanidade permitiria. De todo modo, a história é sensível e bem honesta de que essa foi sua vida. E com isso me lembra bastante “Minha experiência lésbica com a solidão” de Kabi Nagata.
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Thaisa 03/09/2024

Eleanor começa a sua autobiografia com uma curiosa analogia: ela sente que, desde sempre, havia recebido uma carta sem saber quando poderia abri-la... Essa carta nada mais é do que sua própria orientação sexual!
É assim que vemos, durante a passagem do tempo, a autora se autodescobrindo como uma mulher lésbica, repetidamente negando sua atração e reprimindo isso por questões de preconceitos internos e noções heteronormativas da sociedade em que está inserida.
O título "The Times I Knew I Was Gay" faz referência aos múltiplos capítulos da história de Eleanor em que ela soube quem era, como se sentia, quem a atraía e o que a faria feliz, mas buscava suprimir sua verdadeira orientação sexual na esperança de continuar vivendo dentro das regras socialmente impostas, sem se permitir ter uma vida feliz e saudável como gostaria.
O mais interessante aqui foi a maneira como a artista apresentou todas as certezas sobre a sua orientação desde a infância, refletindo a realidade de muitas pessoas que, apesar de nascerem sendo LGBTQIAPN+, diversas vezes buscarm fugir desta verdade ao tentar se enquadrar em uma expectativa social, mostrando como o mundo precisa de mais conhecimento, informação e empatia.
As ilustrações são fofas, lembrando bastante o traço de Nate Stevenson (criador de "Nimona"), o que me trouxe um ar nostálgico. Também gostei do dinamismo da trama e de como cada capítulo é dividido de forma a esclarecer e escancarar a orientação de Crewes em uma ordem cronológica.
No entanto, confesso que, mesmo sabendo que o intuito da história é mostrar esses momentos complexos e paradoxais de negação e aceitação, tive a sensação de que uma parte da narrativa estiva faltando: após a protagonista realmente compreender quem ela é, já estamos nas últimas páginas - o que me deixou frustrada, pois não vemos mais do seu desenvolvimento pessoal ou mesmo amoroso após ela ter, de fato, aceitado que é parte da comunidade LGBTQIAPN+. Na minha opinião, mergulhar um pouco mais no presente de Eleanor possibilitaria uma conclusão narrativa mais satisfatória para o leitor.
No geral, foi um quadrinho interessante, divertido, reflexivo e importante que poderia ser um pouco mais longo e nos contar toda a trajetória da autora; mas, ainda assim, a experiência de leitura valeu a pena!

Mais resenhas no instagram literário @livre_em_livros e no canal do Youtube "Livre em Livros"!
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mari 19/06/2022

the times i knew i was gay
"this is not a handbook for coming out or for being gay. but i like to think that if i had found this book as a child, or a teenager, or a young adult, i might have known a little bit more about myself a little sooner."

antes de mais nada, a arte é uma graça.
essa graphic novel é uma autobiografia resgatando memórias de eleanor crewes, uma mulher lésbica que, em sua jornada de autoconhecimento, toca em várias questões que atuam a partir de sua dificuldade em decifrar a própria sexualidade, como transtornos alimentares, medo da rejeição e crises de ansiedade. ela introduz o assunto traçando uma metáfora onde sua sexualidade é representada por uma carta que ela precisa manter em segredo até o momento certo. e no decorrer de toda a história, é possível observar essa carta pelos cantos do cenário, oscilando entre aparições sutis ou escandalosas a depender do tom de cada cena. isso por si já me conquistou. contudo, apesar de ter me identificado com as reflexões e exposições da autora, os excertos me pareceram muitas vezes deslocados, o que causou a sensação uma história inacabada. apesar disso, achei uma leitura sensacional.
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