Giuliano.Behring 05/06/2021
Uma outra perspectiva
Nessa resenha não escrevo sobre apenas este último volume, mas me refiro ao mangá Zero Eterno como um todo (5 volumes).
Bem, Zero Eterno é uma mangá de guerra, mas não a guerra que conhecemos que basicamente é a estadunidense, mas sim uma outra, uma guerra pela ótica japonesa, e já mencionei em outras resenhas como a de "Marcha para a Morte" da editora Devir que os soldados japoneses não necessariamente eram algo valioso para os seus comandantes, muitas vezes sendo mandados irracionalmente para missões com absolutamente nenhuma chance de vitória, isso principalmente nos 2 últimos anos da segunda guerra (1944-1945) em que o exército japonês já tinha tropas estadunidenses marchando em seu território.
Porém, a parte que achei mais legal de todo o mangá é o jeito que eles abordam esses soldados de baixa patente que tinham uma espectativa de "sofrer lavagem cerebral" e que teoricamente eram os maiores peões que se poderia pedir, muito disso se observa em um personagem jornalista aleatório que aparece durante a obra exatamente para desmentir essa ideia de que eram pessoas que entregavam suas vidas alegremente ao imperador e a pátria.
A pesquisa histórica também é bem interessante, uma vez que ao entrevistar vários indivíduos o protagonista do presente vai desmentindo fatos anteriores e acaba descobrindo novas informações que se juntam com as demais.
Mas acho que minha maior crítica é que parece que nesse mangá tudo é muito preto no branco, é preciso que exista uma carta comprovando tudo, tipo, não dava pra adivinhar nada não? E eu entendo que isso so reforça o fato de que a realidade era aquela mas... Eu acho que os personagens poderiam ser 60% menos tapados
O outro 0,5 que tirei da nota final foi porque eu pessoalmente não gosto muito de mangá de guerra ou qualquer narrativa, mas se você gosta de aviação e guerra esse daqui é o mangá pra você!