Retrato do artista quando coisa

Retrato do artista quando coisa Manoel de Barros


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Retrato do artista quando coisa





O regresso à condição de "coisa" pressupõe a libertação das amarras racionais da vida dita civilizada, permitindo assim a criação espontânea e autêntica do poeta. Publicado originalmente em 1998, Retrato do artista quando coisa traz, nessa edição, prefácio de Regina Zilberman e imagens do acervo pessoal de Manoel de Barros.

No ano de nascimento de Manoel de Barros – 1916 –, James Joyce lançou Retrato do artista quando jovem, romance que iniciou o projeto de desarticulação da linguagem que se transformaria em uma marca do escritor irlandês. Não é difícil reconhecer os vínculos de Retrato do artista quando coisa com esse contexto. Além da subversão à lógica da sintaxe e da morfologia das palavras, este livro demonstra, mais uma vez, a conexão de Manoel à natureza. Como pedra, bicho, musgo ou qualquer outro ínfimo ser, o poeta se veste e reveste da paisagem pantaneira, construindo versos de uma força e lirismo impressionantes.

Dividido em duas partes – Retrato do artista quando coisa e Biografia do orvalho –, este volume fala das insignificâncias, das coisas simples e pequenas, que são o projeto poético e ético de Manoel, presentes não apenas aqui, mas em toda a sua obra.

"Manoel de Barros é um de nossos poetas mais originais de todos os tempos."
O Globo

"Agora em seu Retrato do artista quando coisa, não contente em descoisificar o mundo, Manoel se coisifica e de poeta passa a ser, ele mesmo, parte integrante da poesia. Como naquele jogo de descobrir o bicho oculto num desenho, podemos descobrir o Manoel no poema."
Fausto Wolff

Literatura Brasileira / Poemas, poesias

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Manoel de Barros - Retrato do artista quando coisa

Editora Alfaguara - 120 Páginas - Capa e projeto gráfico de Regina Ferraz - Imagem de capa de Martha Barros - Lançamento original 1998 / Relançamento: 2022. Manoel de Barros (1916-2014) é o nosso eterno mestre da desimportância, um homem com "um senso apurado de irresponsabilidades" que nos ensinou com seus versos a enxergar de um jeito diferente as coisas simples da natureza: "Fui criado no mato e aprendi a gostar das / coisinhas do chão – / Antes que das coisas celestiais. / Pess... leia mais

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