A santidade é um assunto que parece estar relegado à seção de história dos assuntos religiosos contemporâneos; aliás, o termo santidade parece estranho a muitos cristãos hoje e remete à ideia de homens e mulheres angelicais, imaculados e semi-perfeitos de uma era remota da história cristã.
Esta situação torna urgente e atualíssima esta obra clássica de J. C. Ryle, publicada pela primeira vez na Inglaterra em 1879. O problema do pecado - sua seriedade e malignidade - tratado com maestria logo no primeiro capítulo, é apresentado como a barreira intransponível que impede nossa comunhão com Deus. O sacrifício propiciatório de Cristo na cruz remove esta barreira; agora precisamos que a santidade de Deus nos seja comunicada pelo Espírito e exercida por nós, para que possamos, como diz o autor da epístola aos Hebreus, ver o Senhor.
Nesta obra prima da literatura cristã, Ryle fala aos nossos corações de forma clara, persuasiva e franca, ensinando-nos sobre a santidade de Deus e do nosso dever de vivermos vidas santas. É uma obra que, como disse J. I. Packer, todo cristão verdadeiro considerará como um banquete, uma mina de ouro, um aguilhão, comida e bebida, remédio e vitamina - tudo isso em um só livro. Tolle, lege.
Religião e Espiritualidade