Uma das mais poderosas histórias da literatura brasileira, Sargento Getúlio comemora cinquenta anos mais atual do que nunca. Esta edição especial traz texto de Jorge Amado e prefácio de Juva Batella.
João Ubaldo Ribeiro tinha trinta anos quando lançou Sargento Getúlio, em 1971. Admirado pela crítica, mas ainda pouco conhecido pelo público, foi com este romance que o escritor conquistou prestígio internacional e consagrou-se como um dos maiores autores de literatura em língua portuguesa. Ambientado no Nordeste dos anos 1950, a obra narra a história de Getúlio Santos Bezerra, homem de confiança de um poderoso coronel de Sergipe, que precisa levar um preso político de Paulo Afonso até Aracaju. No meio do trajeto, uma reviravolta política faz com que as ordens se alterem, impedindo Getúlio de prosseguir com a missão. Desconfiado e determinado a cumprir à risca o serviço que lhe fora dado, o sargento parte em uma jornada que não terá outro destino a não ser o da violência e da morte.
"A figura do Sargento Getúlio se levanta com uma força de criação raras vezes alcançada no romance brasileiro." – Jorge Amado
"Meu romancista predileto continua sendo João Ubaldo Ribeiro, autor de um livro que eu queria ter escrito, o Sargento Getúlio." – Heloneida Studart, O Pasquim, 1979
"Sargento Getúlio é uma amostra social. Encarna o eu coletivo. É folclore, saga, o homem plural. 'Eu moro no mundo. Moro andando.' Nesta frase ficam definidos todos os possíveis transbordamentos da personagem, representativa de um meio, de uma situação, de todo um substrato histórico." – Hélio Pólvora, Jornal do Brasil, 1972
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