Do mesmo autor de O que eu tô fazendo da minha vida, finalista do Prêmio Jabuti
O mundo acaba em sete dias e Bruno só tem mais sete cigarros sobrando em casa. Uma onda de acontecimentos levou o mundo ao colapso extremo e, presas em casa há meses, as pessoas apenas receberam a notícia de que o mundo acabaria.Ninguém sabe como. Eles só têm a data pra isso: sete de julho.
Bruno resolve racionar os cigarros enquanto conta o que sobra em casa. Passa o tempo lendo ou relendo os livros que sobraram, jogando videogame e observando os vizinhos pela janela. O sistemas de internet e televisão já foram desligados no Brasil. Enquanto fuma seu cigarro do dia, Bruno percebe a janela do apartamento da frente aberta e com luzes piscando. Tenta identificar quem seria o morador que ainda não abandonou o prédio. Até que surge Júlia, uma vizinha com quem já tinha esbarrado uma ou duas vezes sem trocar nada além de “bom dia” e “boa noite”.
Em suas janelas, Bruno e Júlia iniciam uma relação pautada pela nostalgia e pela conformação com o fim iminente. Numa contagem regressiva dos dias que faltam, os dois se veem vulneráveis e partilham suas ideias sobre amores, família, traumas, observações cotidianas e experiências que os levam a revisitar períodos da vida em que o futuro ainda era incerto. Até que o mundo acabe.
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