Temos vivenciado neste início de século uma escola que tem se aberto para a diversidade de sujeitos e tem assumido uma postura que chamamos inclusiva. A escola inclusiva direciona-se para um ensino que, além de reforçar os mecanismos de interação solidária e os procedimentos cooperativos, auxilia o ser humano a se ver e a se perceber como parte de um todo que independe de suas características físicas.
Nesse sentido, a proposição de ações pedagógicas com vistas à inclusão total do aluno com algum tipo de comprometimento físico, mental ou sensorial causado por alguma síndrome específica pressupõe dois caminhos que consideramos necessários: a) o conhecimento das características e peculiaridades desses sujeitos; e b) o pensar sobre práticas pedagógicas que levem esses sujeitos a se apropriarem dos conhecimentos socialmente construídos.
Assim, pensando em uma escola que se reinventa e se reinterpreta a cada ano, semestre, dia, que não fica parada no espaço-tempo da ilusão de que todos os seus sujeitos aprendem da mesma forma e, ao mesmo tempo, de que todos têm capacidades iguais, este livro apresenta algumas das principais síndromes que se fazem presentes nas escolas comuns e discute possibilidades de se aprimorar o processo de escolarização de crianças com essas síndromes, no sentido de contribuir para que a prática docente e pedagógica da escola passe a ver nesses sujeitos as múltiplas possibilidades de aprendizagem para além de suas peculiaridades.