Autor adorado por Oscar Wilde, John dos Passos e D.H. Lawrence, Louis Couperus (1863-1923) tem na Holanda o mesmo status de Liev Tolstói e Gustave Flaubert.
Sobre pessoas velhas e coisas que passam... (1906), uma das obras-primas do escritor e um dos maiores clássicos em língua holandesa, tem como ponto de partida o noivado de dois jovens cujas famílias cresceram juntas, e a partir daí todos entram em xeque com suas respectivas consciências. O leitor acaba conhecendo inúmeros membros das famílias Dercksz e Takma, unidas e separadas por um terrível segredo. Ottilie Dercksz, de noventa e sete anos, e Emile Takma, de noventa e três anos, mantêm um segredo que esperam nunca revelar, mas quando Lot, neto de Ottilie, fica noivo de Elly, neta de Emile, a roda do destino começa a girar. "A Coisa", como o segredo é chamado, deixa de ser memória e ganha vida, cresce e vira parte de todos ligados à história das duas famílias, e se desenvolve também junto com a narrativa, que torna-se um enorme panorama da sociedade holandesa da virada do século XIX e XX.
Romance que pode ser lido como um estudo psicológico ou policial, este livro impressiona pela força com que trata problemas conjugais, velhice, morte e culpa. Adaptado dezenas de vezes para teatro e televisão, Sobre pessoas velhas e coisas que passam... é leitura obrigatória nas escolas de seu país. Figura monumental e seminal da literatura holandesa, Couperus tem aqui seu primeiro romance traduzido no Brasil – diretamente do holandês, aliás.
Esta edição traz introdução do tradutor, posfácio de Katherine Mansfield e uma árvore genealógica das famílias.
Romance