Romance sobre um grupo de judeus provenientes da Europa Oriental que nos final dos anos 40 migra para os EUA, onde tenta esquecer o Holocausto. A recepção não é das melhores, e eles têm que enfrentar ao mesmo tempo um país vazio de idéias, onde impera o dinheiro, e seus próprios fantasmas e recordações dolorosas.
Sombras sobre o rio Hudson foi publicado originalmente em iídiche, em forma de folhetim, entre 1957 e 1958. Somente quarenta anos mais tarde, já depois da morte de Singer, ganhou uma edição em inglês e em livro. O autor (Nobel de Literatura em 1978) nunca desejou que o romance fosse traduzido e reeditado, talvez, como observa Alfred Kazin no New York Times Review of Books, por não querer "que o público americano, que o adorava, ficasse sabendo que para ele a vida nos Estados Unidos era inteiramente desprovida de sentido". No entanto, ao ser finalmente lançado em inglês, foi saudado como um livro que teria "boas possibilidades de ser considerado a obra-prima de Singer" (Richard Bernstein, The New York Times).Trata-se da história de um grupo de judeus da Europa Oriental que, tendo escapado do Holocausto, tenta recomeçar a vida em Nova York. O protagonista, Hertz Grein, sonha com o mundo harmonioso da infância, que girava em torno da religião; no entanto, é um homem que não tem fé e vive dividido entre três mulheres. Uma delas é Anna, filha de Boris Makaver, rico comerciante cuja religiosidade fervorosa não guarda lugar para a compaixão - nem pela própria filha, que se desdobra entre a lealdade ao pai e a paixão avassaladora por um homem casado. Em Sombras sobre o rio Hudson a dramaticidade dos acontecimentos convive com um vigoroso senso de humor.
Romance