Aqui estão eles de novo para apresentar ao leitor cheio de encantamento de todas as idades o seu drama de inocência ameaçada, de simplicidade traída, de pureza agredida no vasto cenário da selva.
Vamos encontrar nas suas páginas Tarzan, Filho das Selvas, a doce Jane, o filho deles e os bichos do mato, conhecidos, amados e acolhidos ou disciplinados de acordo com os seus atos e as necessidades.
Entretanto, mais perigoso do que o leão feroz, mais traiçoeiro do que o leopardo, mais forte do que o elefante, mais cruel do que o jacaré, mais temível do que os perigos naturais da selva, mais destruidor do que os terremotos, do que o fogo, do que as areias movediças, do que as inundações dos grandes rios, surge em cena o homem civilizado.
Só a ambição, o princípio dominante de sua vida, o faria internar-se em tão inóspitas e primitivas paragens, onde ainda se vive quase como nos dias da criação. Traz a sua razão e o seu direito nas balas de seu fuzil. Acredita que tudo o que existe na selva, principalmente as suas riquezas, lhe pertence por direito de conquista. Tem ainda como armas auxiliares a perfídia, a traição e o ódio.
Contra ele, se ergue a figura lendária de Trazan, puro, nobre e invencível, modelo de uma humanidade que se perdeu pelos caminhos da história. Em episódios emocionantes, que enchem de alegria o coração dos jovens e dos que poderão com ele recuperar um pouco da juventude esquecida, Tarzan desbarata os planos dos homens maus e restabelece a paz, a ordem e a justiça da selva, onde há liberdade para todos, homens e animais espalhados pelo seu coração verde e puro.