Frei Betto é possivelmente um dos escritores mais modernos da atualidade. De um jeito inteligente e despretensioso, ele nos mostra nesta coletânea de ensaios que sua condição de religioso é apenas parte do que consiste o seu todo – e quanto somos e podemos ser plurais no que diz respeito às coisas e aos eventos que admiramos, mas também às referências e aos ícones que marcam nossa vida.
Em Típicos tipos, ele compartilha com o leitor suas percepções acerca de diversas figuras religiosas, políticas e humanitárias que admira. Discorre, ainda, sobre as mais variadas situações que observou ao longo da vida, sem necessariamente ter vivido todas elas em primeira pessoa. Frei Betto escreve como quem costura com as palavras e constrói o mundo à sua volta de modo poético, visual e, sobretudo, intimista. A partir do seu olhar, é possível perceber uma infinidade de situações: os significados particulares de sentimentos como a vaidade e a liberdade, reflexões acerca de eventos tipicamente brasileiros como churrascos e Carnaval, os poetas de Minas Gerais e as peculiaridades da identidade mineira, charutos cubanos, além de vivências em cidades como Barcelona, Ouro Preto e Paris.
Ensaios / Não-ficção