Este livro que mostra as batalhas travadas entre a razão e a emoção e o quanto ambas podem nos enganar. Abrange questões morais de intenso valor: a infância e inocência, que geralmente são consideradas em conjunto, mas nem sempre são complementares e a tênue fronteira entre o bem e o mal, que nem sempre é percebida e compreendida.
O livro narra a história de um psicólogo infantil que trabalha no norte da Inglaterra há muitos anos e que presencia uma tentativa de suicídio de um jovem. Posteriormente, ele descobre que esse jovem é alguém que ele já conhecia, uma pessoa cuja vida foi totalmente alterada no passado devido a um testemunho seu.
Ele descobre que esse rapaz é aquele garoto que, há anos atrás foi julgado por um assassinato e, graças ao seu depoimento de psicólogo confirmando que aquela inocente criança realmente era culpada e tinha total consciência de tudo que tinha feito, foi considerado culpado.
Mas agora aquele menino indefeso é um homem livre, depois de anos privado de sua liberdade, ansiando desesperadamente por ajuda, por uma transgressão para entender o que realmente havia acontecido, para entender a si próprio. E ninguém melhor para ajudá-lo do que o mesmo psicólogo responsável pela sua condenação.
Ao mergulhar novamente na mente daquele menino, o tão atordoado psicólogo, que passa por momentos conflitantes na sua vida, começa a questionar as motivações dele e as suas próprias, começa a duvidar se ele realmente tinha cometido aquele crime, se seu depoimento foi justo ou se ele estava completamente enganado e tinha desestruturado a vida de uma criança que não tinha cometido nenhum delito.