Dizem que a criatividade prospera sob restrições. Se é verdade em todos os casos, difícil dizer. Mas fato é que, naquele 1991, funcionou. Um filme preparado às pressas, com orçamento apertado, para celebrar os 25 anos de Jornada nas Estrelas acabou se tornando um dos maiores clássicos com o elenco original da série, colocando ponto final às aventuras da Enterprise sob o comando de James T. Kirk. Os responsáveis por prender mais uma vez o gênio na garrafa foram Leonard Nimoy, chamado pela Paramount para produzir o filme após a saída de Harve Bennett, e Nicholas Meyer, trazido a bordo por Nimoy para dirigir e escrever o roteiro, após suas contribuições incríveis em Jornada Il e IV. Gene Roddenberry, já muito doente, viu o longa em uma exibição interna na Paramount, apenas dois dias antes de morrer. Publicamente, aprovou. Durante a produção, fez diversas reclamações – e mais uma vez foi ignorado. O resultado final foi uma despedida digna do elenco que durante décadas foi sinônimo de Star Trek, preparando a passagem do bastão para uma próxima geração.
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