"Eu dizia, no início, que, sem a literatura, a graça de um coração inteligente nunca seria acessível a nós. (...) Nossa fantasiosa, verdadeiramente, não conhece interrupção. Nosso foro interior é um cinema permanente. Estamos incessantemente consumindo e produzindo histórias. Mesmo cansados. prosseguimos: todos os fatos se transformam em pequenos casos, tudo aquilo que surge pode ser contado. (...) Ora se podemos estar legitimamente inquietos, na idade dos novos meios de expressão, com o futuro do livro, não há nenhuma razão para crermos no eclipse próximo da fábula. Como escreve Kundera: 'A história da arte é perecível. O balbuciar da arte é eterno.' Ser homem é confiar na transposição do seu destino à literatura. Toda a questão é saber qual literatura."