Como um homem que não foi criado em nosso meio se sentiria ao se deparar com nosso modo de viver? O que ele acharia da nossa cultura? Da nossa política? Da nossa religião? Das nossas relações interpessoais? Estas são apenas algumas perguntas que Robert Heinlein nos responde em “Um Estranho Numa Terra Estranha”.
Valentine Michael Smith nasceu a bordo de uma espaçonave e foi o único sobrevivente dos tripulantes que partiram para explorar Marte. Foi criado pelos habitantes desse planeta, até que no inicio da idade adulta, outra expedição aparece e o traz para a Terra.
Na Terra todos querem conhecer o “Homem de Marte”, que sendo filho de dois ilustres cientistas herda todos os direitos sobre as suas invenções, tornando-se o homem mais rico do planeta. Todos querem se aproveitar dele, reportares, políticos, governos…
Tendo de aprender a agir como humano, ele nos leva a repensar sobre nossos valores e tabus. Um livro brilhante, um dos melhores de ficção científica já escritos!
Heinlein cria neste livro o termo “Grokar”, como parte de um idioma marciano fictício, verbo que um dos personagens define como: Grokar significa entender tão profundamente que o observador se torna parte do observado—mesclar-se, misturar-se, perder a identidade em uma experiência em grupo. Significa quase tudo que chamamos de religião, filosofia e ciência—e significa para nós, o que as cores significam para um cego.”
Este foi o livro de bolso do final da década de 60, influenciando a contracultura e se tornando uma espécie de manifesto do movimento hippie, devido aos seus temas de liberdade sexual, de auto-responsabilidade, liberdade individual e sua visão da influência da religião na cultura e política humana.
Quando Heinlein acabou de escrever o livro, seus editores exigiram que ele reduzisse drasticamente as 220.000 palavras do original e removesse algumas cenas que poderiam ser consideradas excessivamente chocantes para a época. A versão editada resultante tinha cerca de 160.000 palavras quando foi finalmente publicada em 1961. Após a morte de Heinlein, sua esposa em 1991, conseguiu fazer com que a versão original fosse publicada.
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