Em seu romance de estreia, Eliane Brum - conhecida no jornalismo pela sensibilidade e força do seu texto - mergulha num novo, mas não menos delicado desafio: transformar em palavra a intrincada relação entre mãe e filha. De que material são feitos os laços que as amarram? Como é tecida a trama de ódio e afeto entre duas mulheres (des)unidas pela carne? Uma duas é um retrato expressionista tão dramático quanto nauseante que foge de clichês e eufemismos que costumam cercar o tema. Dotada de um humanismo visceral, a autora entrelaça os narradores do mesmo modo que o acaso embaralha integrantes de uma família numa teia de subjetividades.
Livro finalista dos prêmios Portugal Telecom, São Paulo de Literatura e Jornada Nacional de Literatura
“Não é sempre que surge uma escritora como Eliane, para quem a ficção é um ato de superação – uma travessia existencial, e não um exercício virtuoso. [...] Fazer literatura, para ela, não é inventar – tramas eletrizantes, ou teses impecáveis – mas desinventar-se.” José Castello
Gaúcha de Ijuí, nascida em 1966, Eliane Brum é jornalista, escritora e documentarista. Iniciou no jornalismo em 1988 e tornou-se uma das repórteres mais premiadas do Brasil. É autora de seis livros – cinco de não ficção e um romance. Pela Arquipélago Editorial, publicou A vida que ninguém vê (Prêmio Jabuti na categoria Reportagem), A menina quebrada (Livro do Ano no Prêmio Açorianos), O olho da rua e meus desacontecimentos. Atualmente, desenvolve seus projetos de reportagem na Amazônia e é colunista do El País. Vive em Altamira, no Pará.
Romance