Ao decifrar o enigma de um velho pergaminho, o professor Lidenbrock e seu sobrinho, o jovem Áxel, deparam-se com um fascinante desafio: a possibilidade
de chegar ao centro da Terra seguindo o relato de um cientista do século XII.
Vencida a resistência do rapaz — que considerou a idéia “pura imaginação” —, os dois partem para o vulcão Sneffels, na remota ilha da Islândia, onde deveria ser iniciada a expedição. Nas entranhas do adormecido vulcão, Lidenbrock, Áxel e o guia local penetram em uma viagem através dos tempos, permeando
universos há muito extintos e outros que só a imaginação pode criar.
Nessa jornada rumo ao desconhecido, o francês Júlio Verne expõe um dos aspectos mais interessantes de sua obra: a combinação da liberdade criativa com a exatidão da ciência. Além da história fabulosa — rica em detalhes — e de seu impressionante embasamento teórico, a narrativa é bem-humorada e repleta de acontecimentos surpreendentes, que fazem de Viagem ao centro da Terra um clássico da literatura universal.
Sobre Carlos Heitor Cony:
Estreou na literatura ganhando por duas vezes consecutivas o Prêmio Manuel Antônio de Almeida.
Ganhou em quatro ocasiões o Prêmio Jabuti na categoria Romance, duas vezes o Prêmio Livro do Ano da Câmara Brasileira do Livro e o Prêmio Nacional Nestlé de Literatura. Em 1998, foi condecorado pelo governo francês com a L’Ordre des Arts et des Lettres. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em março de 2000.
Sobre Júlio Verne (1828-1905):
Considerado um dos pioneiros da ficção científica, notabilizou-se por histórias repletas de peripécias e pela capacidade de antecipar na ficção as transformações que a tecnologia tornaria possível no mundo moderno. Em 1863, publicou seu primeiro romance, Cinco semanas em um balão. A mistura de aventura e especulação futurística resultou numa obra irresistível de 28 livros, na qual se destacam, além de Viagem ao centro da Terra (1864), os romances Da Terra à Lua (1864), Vinte mil léguas submarinas (1870), A volta ao mundo em oitenta dias (1872) e Um capitão de quinze anos (1878).
Por muito tempo mantido à margem da literatura clássica francesa, Verne é hoje unanimidade e objeto de culto em seu país e em todo o mundo.
Aventura / Ficção científica / Literatura Estrangeira