Em VIRTUOSISMO E REVOLUÇÃO, Paolo Virno propõe uma reflexão inovadora sobre as transformações do trabalho e da idéia de mundo contemporâneo. O que é a revolução, quando o trabalho encontra na prestação virtuosa seu novo paradigma? Qual é o mundo do trabalho que, não se caracterizando mais pela relação dialética entre sujeito e objeto, se parece cada vez mais com a ação política e com suas dinâmicas subjetivas?Para responder a essas questões, Virno propõe um uma dupla abordagem. O livro reúne dois ensaios correlacionados entre si. O primeiro parte dos sentimentos ou dos estados de espírito que, segundo Kant e Wittgenstein, nos tomam quando pensamos no mundo como um todo, no simples fato que ele existe e que nós pertencemos a ele. Afora este ponto de partida, o objetivo do texto é o de resgatar a noção de “mundo” de sua enganosa aparência metafísica. Qual é o significado implícito em expressões corriqueiras como “o curso do mundo”, os “perigos do mundo” e “gente do mundo”? Virno procura esclarecê-lo debatendo a nossa percepção do contexto material e em seguida a nossa percepção de um contexto político.O segundo ensaio, “Virtuosismo e Revolução”, tem a forma (mas não as pretensões grandiloqüentes) de um tratado político. Nele, procura-se definir conceitos e palavras-chave (intelecto público, multidão, intemperança, direito de resistência, etc.) com os quais enfrentar a tempestade magnética que colocou em desuso a bússola da teoria política moderna. VIRTUOSISMO E REVOLUÇÃO é o terceiro volume da coleção A política no império, organizada por Giuseppe Cocco, que tem o objetivo de apreentar ao público brasileiro uma bibliografia de grande interesse para a apreensão dos desafios da política no império (conceito proposto por Antonio Negri e Michael Hardt, autores do consagrado Império, que definiu um novo horizonte de reflexão sobre a crise da modernidade).
Filosofia