Visão de Carlos XI e outros contos / Prosper Mérimée, 1803-1870; selecção, trad. e notas de Manuel João Gomes. Lisboa : Estampa, 1982. '-' Advogado, historiador, arqueólogo e escritor francés do Romantismo; o autor de "Carmen", história adaptada por Bizet na clássica ópera homônima. Mérimée gostava do misticismo, da História e das coisas incomuns. Influenciado diretamente pela ficção histórica de Walter Scott e pelo drama psicológico e cruel de Pushkin, seu estilo porém era conciso, bastante objetivo - apesar de marcadamente dramático. Muitas de suas obras fictícias retratam lugares de forma bastante exótica - dedicando-se particularmente à Espanha e à Rússia. Também aprendeu latim, grego, italiano, espanhol, inglês, e russo. Foi o primeiro a traduzir obras literárias russas para o francês;
[Obras] La Jacquerie (1828) - drama sobre uma insurreição camponesa nos tempos feudais. "La Chronique du temps de Charles IX" (1829) - Novela sobre as dissidências religiosas entre protestantes (à altura conhecidos como huguenotes) e católicos, culminando em guerra civil na França do início do século XVI, cujo ponto máximo fora o conhecido massacre de S. Bartolomeu, em 1572. Mosaïque (1833) - Reunião de contos, dentre os quais Mateo Falcone, Tamango, Federigo, Baladas, O Vaso Etrusco, etc.. Além destes, três cartas espanholas. A maioria dos contos já havia sido publicada na "Revista de Paris", entre 1829 e 1830. La Vénus d'Ille (1837) - conto de horror maravilhoso onde uma estátua de bronze ganha vida! Colomba (1840) - esta foi sua primeira novela de sucesso. Conta a história de uma jovem moça corsa que obriga seu irmão a cometer um assassinato para se vingar. Carmen (1845) - A mais famosa de suas novelas, narra a história de uma bela cigana infiel que é morta pelo amante, um oficial espanhol. Em 1875, foi transformada em ópera, por Georges Bizet, além de vários filmes. *Lokis* (1869) - ambientado no Leste Europeu, é uma história de terror onde um homem, metade urso e metade gente, gostava de se alimentar de carne humana. A Câmara Azul (1872) - uma farsa com todos os caracteres de conto sobrenatural, mas onde ao final tudo volta a ser como era antes...
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(*) Já publicado na Colecção Livro B, #21 -- Histórias de Vampiros / Ed. Estampa de Lisboa.
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