Autobiografia da ex-primeira-dama Hillary Clinton, a ser lançada pela Globo em agosto, é fundamental para se compreender um pouco mais da história social e política dos EUA nos últimos cinqüenta anos. De quebra, é claro, o affair Monica Lewinsky
O livro. Hillary Rodham Clinton é conhecida por centenas de milhões de pessoas no mundo inteiro. No entanto, poucos além de seus amigos e parentes já a ouviram relatar sua extraordinária jornada.
Em Vivendo a História -- que rendeu adiantamento de US$ 8 milhões à autora e saiu com tiragem inicial de 1 milhão de exemplares nos EUA --, ela escreve com franqueza, humor e paixão sobre sua infância na classe média suburbana dos Estados Unidos dos anos 50, e sobre sua transformação em militante estudantil até se tornar a controvertida primeira-dama.
Motivo de filas intermináveis nas livrarias no dia de seu lançamento há menos de dois meses, Vivendo a História é o relato revelador da vida de Hillary durante os anos na Casa Branca. É também sua crônica sobre o viver a história com Bill Clinton, uma aventura de trinta anos no amor e na política que sobrevive à traição pessoal, às incansáveis investigações político-partidárias e ao constante escrutínio do público.
Hillary Rodham Clinton tornou-se adulta durante uma época de conturbadas mudanças sociais e políticas nos Estados Unidos. Como muitas mulheres de sua geração, cresceu com opções e oportunidades desconhecidas para sua mãe ou avó. Ela mapeou seu próprio curso em meio a terreno inexplorado - respondendo aos tempos de mudança e à sua própria bússola interior - e tornou-se emblema para alguns e pára-raios para outros. Esposa, mãe, advogada, defensora pública e ícone internacional, resistiu às grandes guerras políticas dos Estados Unidos, de Watergate a Whitewater.
Única primeira-dama a desempenhar um papel de relevância na determinação da legislação americana, fez constantes viagens pelo mundo para defender a assistência à saúde, ampliar as oportunidades econômicas e educacionais e promover as necessidades das crianças e das famílias, e atravessou o planeta em nome dos direitos das mulheres, dos direitos humanos e da democracia. Redefiniu a posição de primeira-dama e ajudou a poupar a Presidência de um impeachment inconstitucional, de motivações políticas.
Um livro íntimo, vigoroso e inspirador, Vivendo a História capta a essência de uma das mulheres mais notáveis de nosso tempo e o processo desafiador pelo qual ela veio a definir a si mesma e a encontrar sua voz própria - como mulher e como personalidade admirável na política.