A modernidade, para Max Weber (1864-1920), é a cristalização de um longo processo histórico caracterizado pela progressiva racionalização do mundo ou, visto do avesso, pelo seu desencantamento. Na religião, o protestantismo europeu, com seus rebentos no norte da América, é a forma mais desenvolvida dessa lenta decantação. Na economia, prevalece o capitalismo industrial das grandes corporações. Seu paralelo na política é o Estado impessoal, dominado pelas leis e por um profundo e extenso aparato burocrático, cujo funcionamento depende de um corpo de funcionários regular e especializado. Como equacionar a ebulição e o dinamismo da sociedade de massas com o fato institucional da dominação legal-burocrática, em especial na conflagrada Alemanha da virada para o século XX, é a difícil questão que o autor enfrenta nestes escritos.
Filosofia