Diz-se que o imperador Xerxes, depois de ter perdido a batalha de Salamina, mandou chicotear o mar em punição por afundar sua poderosa frota. O triunfo grego pôs fim às invasões persas e salvou a primeira democracia da história. Atenas tornou-se a cidade-estado grega dominante e o Império ateniense surgiu, oferecendo as condições de desenvolvimento do século de Péricles. A Batalha de Salamina, em 480 a.C., foi o mais importante confronto naval do mundo antigo. No exíguo estreito entre a Ilha de Salamina e as terras da Grécia, a frota grega em grande desvantagem numérica derrotou a armada persa em brilhante vitória até hoje analisada por estrategistas militares. Essa história é recriada em A batalha de Salamina por Barry Strauss, um dos melhores historiadores de batalhas navais. Ao combinar seu conhecimento de história clássica com o talento natural para contar histórias, Strauss torna a inexplicável vitória grega não tão somente explicável, mas cativante também. Com base em novas descobertas arqueológicas, ciência forense e até em meteorologia, além da própria experiência como remador (os navios da época eram impulsionados a remo), o autor oferece uma nova e profunda versão da antiga batalha. O livro destaca algumas das mais fascinantes figuras do mundo antigo - Temístocles, o comandante ateniense que traçou os planos da vitória (e trapaceou seus companheiros gregos na guerra); Xerxes, o rei persa especialista em combates terrestres, mas pouco versado na guerra naval; Ésquilo, o dramaturgo grego que participou da batalha e depois a imortalizou no teatro; e Artemísia, a rainha de ascendência grega e cária e, caso único entre mulheres, uma das comandantes mais fiéis de Xerxes, que tornou a derrota uma vitória pessoal.