Um épico moderno no qual Mario Vargas Llosa reconta um dos conflitos mais sangrentos da história brasileira.
Este é um dos livros mais importantes de Mario Vargas Llosa, um épico latino-americano em que ele reconta a Guerra de Canudos - conflito que está entre os mais dramáticos da história do Brasil -, com toda a genialidade que o consagrou como um dos grandes autores de língua espanhola da atualidade. A pesquisa para o livro demandou um esforço concentrado. Impressionado com a leitura de Os sertões, de Euclides da Cunha, Vargas Llosa se embrenhou em arquivos históricos no Rio de Janeiro e em Salvador, viajou pelo sertão da Bahia e de Sergipe e criou um a obra que, hoje, é reconhecida como o seu tour de force.
"Peregrinei por todas as vilas onde, segundo a lenda, o Conselheiro pregou", escreve ele, "e nelas ouvi os moradores discutindo ardorosamente sobre Canudos, como se os canhões ainda trovejassem no reduto rebelde e o Apocalipse pudesse acontecer a qualquer momento naqueles desertos salpicados de árvores sem folhas, cheias de espinhos". Em A guerra do fim do mundo, o autor dá uma nova dimensão à figura de Antônio Conselheiro, esse homem de túnica roxa e olhos que "flamejavam com um fogo perpétuo", capaz de levar uma multidão de fiéis até os limites da loucura e, finalmente, à morte.
Ficção / Literatura Estrangeira