Decorridos quase dois séculos desde a primeira vez que esta obra foi publicada,
ela continua sólida e robusta como uma montanha. E é isso que ela é: uma das montanhas
mais altas que se ergueram na história da investigação científica do mundo em que
vivemos, assim como é o seu próprio autor, o inglês Charles Darwin.
Não se trata de uma obra surgida ao acaso, ao sabor da especulação filosófica, do
pensamento mágico. Ela é o resultado de toda uma vida dedicada ao esforço humano de
entender o funcionamento da Natureza com base nos fatos e evidências apresentados
pela própria Natureza.
Darwin reúne aqui o resultado do seu trabalho pessoal de muitas décadas, viajando
incansavelmente pelos lugares mais recônditos do planeta em que vivemos, observando,
medindo, testando, analisando e sintetizando coisas, até o momento em que se sentiu
capacitado a concluir sua teoria de evolução das espécies.
Apesar de solidamente ancorado em fatos e análises suas e de seus contemporâneos
mais ilustres, desde a sua primeira edição esta obra tem sido vítima de desmoralização
pública e difamação por parte daqueles que, de tão pequenos e insignificantes, se
julgam acima das evidências dos fatos e evidências do mundo real. Gente cuja mente
preguiçosa prefere ancorar-se em crenças vazias e despropositadas a respeito da Natureza,
em vez de se dar ao trabalho de por em teste falsas verdades consideradas como
intocáveis e definitivas.
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