Este livro de Carlos Eduardo Jordão Machado mostra a significação do conceito de forma na concepção ética do jovem Lukács, com base em obras escritas no período de 1910 a 1918: a coletânea de ensaios "A alma e as formas" (1911), o livro "Teoria do romance" (1916) e as "Anotações sobre Dostoiévski", somente publicadas em 1985. Além disso, o livro apresenta dois textos inéditos de Lukács, escritos na década de 1910, e traduzidos por Jordão Machado.
Para Lukács, o ensaio é uma crítica científica caracterizada como gênero artístico marcado pela ironia, instrumento reflexivo com o qual, segundo ele, seria possível alcançar a realidade da alma e se separar da vida cotidiana. No seu estudo, Jordão verifica como o intelectual húngaro, ao analisar a ação e o papel do diálogo para a instauração de uma realidade metafísica, buscava formular uma filosofia de ação coerente com a teoria da revolução marxista.