Samuel Beckett é considerado um dos principais autores do século 20. Sua obra foi traduzida para mais de trinta idiomas.
Beckett nasceu numa família burguesa e protestante, e em 1927 graduou-se em literatura no Trinity College de Dublin, onde estudou também italiano e francês.
Em 1928, foi lecionar em Paris, onde conheceu James Joyce, de quem se tornou amigo. Durante o ano de 1930 Beckett lecionou na Irlanda. Nessa época escreveu o estudo crítico "Proust", comentando a obra do grande escritor francês.
No ano seguinte Samuel Beckett fixou residência em Paris e escreveu a sua primeira novela, "Dream of Fair to Middling Women", que seria publicada somente depois de sua morte.
Em 1933, voltou a Dublin, por motivos familiares, mas retornou a Paris em 1938. Nessa época, levou, de um estranho, uma facada no peito e ficou gravemente ferido.
No início da Segunda Guerra Mundial, Beckett vinculou-se à Resistência Francesa, juntamente com sua esposa, Suzanne Deschevaux-Dusmenoil. Em 1942 foi obrigado a fugir para Vichy, onde escreveu parte da novela "Watt".
A partir de 1945, o seu idioma literário passou a ser o francês. Entre 1951 e 1953 escreveu uma trilogia ("Molloy", "Malone Morre" e "L'Innommable"), cujo tema é a solidão do homem. Com "Esperando Godot", Beckett iniciou, ao mesmo tempo que Ionesco, o teatro do absurdo.
Posteriormente ainda escreveu, além de algumas obras narrativas, diversas peças teatrais, como "Fim de Festa", "Ato sem Palavras" e "Os Dias Felizes".
Em 1969, Beckett ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Durante a vida escreveu poemas e textos em prosa, como romances, novelas, contos e ensaios, além de textos para o teatro, o cinema, o rádio e a televisão.
Samuel Beckett morreu em 1989, cinco meses depois de sua esposa. Foi enterrado no cemitério de Montparnasse.