“Nunca escrevi, sou apenas um tradutor de silêncios” − Mia Couto. Quando li os contos de José Victor do Lago pela primeira vez, esta frase me veio à mente. Entretanto, há uma diferença entre os autores: Mia Couto é um tradutor de silêncios e José Victor é um tradutor de sentimentos que reverberam na alma e fazem barulho.
Os causos, contados de maneira tão genuína pelo autor, levam-nos por caminhos incríveis, repletos de personagens intensos que habitam em suas memórias e nos permitem conhecer espaços nunca antes imaginados. Que surpresa a minha quando me peguei construindo imagens, delineando paisagens e viajando nesses contos como se também eu fizesse parte de cada um deles.
As narrativas de José Victor chegam ao papel com fluidez, ora nos trazem palavras suaves, ora falam de amor, ora se tornam ácidas, picantes e surpreendentes.
Excelente viagem a você, leitor!
— REGIANE APARECIDA SÊCO
Contos