Dom Casmurro, o terceiro romance da "trilogia" realista de Machado de Assis, sugere três leituras sucessivas: a primeira, romanesca, é a história da formação e decomposição de um amor, do idílio da adolescência, passando pelo casamento, até a morte da companheira e do filho duvidoso; a segunda, próxima do romance psicanalítico e policial, é o libelo acusatório do marido-advogado à cata de prenúncios e evidências do adultério; e a terceira, mais instigante, deve ser realizada à contracorrente, pela inversão do rumo da desconfiança, transformando em réu o próprio narrador.
Ficção / Literatura Brasileira / Romance