Durante toda a sua vida, C. G. Jung se ocupou intensamente e de forma crítica com a temática religiosa e espiritual. Seu interesse voltou-se para o âmbito das experiências espirituais situadas para além de diferentes denominações e confissões, igrejas e tradições religiosas.
A experiência espiritual, independentemente da religião, era para Jung um fenômeno evidente e presente na alma e, desse modo, também um fenômeno psíquico. A convicção de Jung era esta: "A meu ver, as religiões, com tudo o que representam, tem uma proximidade tão grande da alma humana que a psicologia de modo algum pode ignorá-las".
Em sua Psicologia Analítica, Jung procura apresentar uma "compreensão da psique como espaço de experiência do numinoso, permitindo novos modos de ver fenômenos e experiências religiosas que até aquele momento não haviam sido tratados na Psicologia da Religião", como escreve Brigitte Dorst.
A presente seleção de textos feita por ela e a extensa introdução evidenciam a importância da espiritualidade na Psicologia Analítica e mostram como é grande o leque dos temas espirituais e das tradições religiosas com que Jung se ocupou.
Psicologia / Religião e Espiritualidade