"EU CREIO! AJUDA-ME NA MINHA FALTA DE FÉ!" (MC 9.24)
Eu Creio, mas Tenho Dúvidas não é resultado de uma dúvida ou um ato de rebeldia sem causa. Antes, é um mosaico de solidariedade para os crentes oprimidos pelo dedo acusador daqueles que nunca se abalam; um gesto de celebração da graça divina e um grito de esperança para os que, embora fracos, crêem.
Para o autor, o desafio dos cristãos é mais a credibilidade e nem tanto a defesa de verdades. Precisamos de corações contritos e amor sincero mais do que de esmero técnico ou revelações misteriosas; de dúvidas sinceras e não de legalismo ou discursos exuberantes.
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"Por mais que os crentes se arrepiem, não temo divulgar minhas incertezas. Por vezes sinto-me inseguro como Davi quando achou que Deus lhe dava as costas e clamou: "Por que te escondes de mim?”. Subitamente pavores invadem minha alma e fujo para dentro de cavernas como Elias. Semelhante a João Batista, hesito em minhas convicções e pergunto: "Será que ele é mesmo quem propaguei ou eu estava enganado?". Sou um homem de fé -- eis a razão de tanta insegurança.