Escrito como complemento a "Além do bem e do mal", este livro é composto de três ensaios ("'Bom e mau', 'bom e ruim'; "'Culpa', 'má consciência' e coisas afins"; "O que significam ideais ascéticos?") que, sob ângulos diversos, tratam da origem dos nossos conceitos morais. Interpretando a evolução da ética como uma história da crueldade, Nietzsche critica as mais caras ideologias da tradição religiosa e filosófica ocidental - a compaixão, a igualdade, a crença na verdade - e expõe algumas de suas teses mais importantes e controversas.
Friedrich Nietzsche, em Ecce Homo, 1888: "As três dissertações que compõem esta Genealogia são, no que toca a expressão, intenção e arte da surpresa, talvez o que de mais inquietante até agora se escreveu. Dionísio, como se sabe, é também o deus das trevas. A cada vez um começo calculado para desorientar, frio, científico, irônico mesmo, intencionalmente temporizador. Aos poucos, mais agitação; relâmpagos isolados; verdades bem desagradáveis anunciando-se ao longe com surdo zumbido - até ser enfim alcançado um tempo feroce em que tudo se lança adiante com tremenda tensão. No final, a cada vez, entre detonações terríveis inteiramente, uma verdade nova se faz visível em meio a espessas nuvens."
Título original: "Zur Genealogie der Moral. Eine Streitschrift" (1887).
Tradução direta do alemão, posfácio e notas de Paulo César de Souza.
Esta edição inclui o ensaio "Fado e história" (1862).
Filosofia / Literatura Estrangeira / Não-ficção