Filkins é um veterano em assuntos do Oriente Médio e Ásia central. Foi chefe da sucursal do Los Angeles Times em Nova Délhi, esteve extensivamente no Paquistão e no Afeganistão para reportar a ascensão da Al Qaeda e do Taleban, e viveu por sete anos em Bagdá, como representante do New York Times. Em 2007, licenciou-se para escrever este livro, resultado de uma bolsa de pesquisa do Centro Carr de Políticas de Direitos Humanos da Universidade Harvard.
Montanhas afegãs, ruas ensaguentadas de Falluja, o saguão de uma loja destruída em 11 de setembro de 2001 em Nova York são alguns dos muitos cenários em que se desenrolam histórias que se sucedem como vinhetas a um primeiro olhar desconexas, mas que compõem um mosaico absolutamente lógico dentro do absurdo contexto da guerra. De um realismo impactante e palpável, Guerra sem fim tem todavia o mérito da imparcialidade: ao contrário de repórteres que se celebrizaram por se opor retoricamente à intervenção americana, Filkins não faz proselitismo fácil - conta o que viu e ouviu dos personagens que viveram o drama, mas deixa ao leitor a tarefa de tirar conclusões
Guerra sem fim já é considerado nos Estados Unidos um clássico da correspondência de guerra. Recebeu diversos prêmios de prestígio, entre os quais o de melhor livro de não ficção de 2009 do National Book Critics Circle, e foi escolhido o melhor livro de 2008 por publicações como The New York Times, The Washington Post, Time e Village Voice.
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